segunda-feira, 1 de abril de 2013

SEM LIBERDADE DE CREDO, CRUZ CREDO!


Quero, ao reproduzir o artigo abaixo, debater liberdade de religião que existe no Brasil. Temos vivido uma tempestade entre movimentos negros e de liberdade de opção sexual, esse último é uma denominação minha, e o deputado Marco Feliciano, atual presidente da comissão de Direitos Humanos na Câmara de Deputados. Acho que tudo não passa de um circo armado pela imprensa. 
No entanto acho que a democracia passa pelo respeito a liberdade de ser, desde que isso não seja agressivo. Recebo sempre os pregadores em minha casa, e sobretudo os Testemunhas de Jeová, que ocasionalmente, faz um bom trabalho de evangelização. Convivo com várias pessoas de várias denominações evangélicas e já até votei em evangélico para deputado como o Gilmar Machado.
No entanto tenho visto intolerâncias de várias partes. Tenho refletido sobre sociedade e tenho temido que valores como democracia e liberdade estejam correndo riscos. Por isso, reproduzo a parte final do artigo postado pelo José Aristides no facebook e o link para que possamos debater com mais clareza essa questão.
Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.
Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.
Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele. 
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras)

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